Total de visualizações de página

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Considerações sobre os Trilobitas

Por Cleber Fernandes Silva  


Os trilobitas foram artrópodos que viveram durante todo o período paleozóico. O período de maior abundancia foi o Cambriano, embora não haja registros no Brasil desse período, já que nosso país se encontrava no pólo, ou seja, boa parte do nosso território encontrava-se sob geleiras. Simulações do posicionamento dos continentes podem ser vistas em www.scotese.com.
O nome trilobita não vem da divisão cabeça tórax e pigídio, como muitos pensam, e sim do fato de haver dois lobos pleurais (direito e esquerdo) e um central, chamado de lobo axial.
Seu esqueleto, de natureza quitino fosfática, produziu um ótimo testemunho de sua passagem em nosso planeta, além de ajudar a desvendar como eram os ambientes pretéritos. Através de seu esqueleto podemos inferir hábitos de vida para o animal, inclusive sua provável alimentação (filtradora, predadora/necrófaga) e a energia do ambiente em que viviam. Apesar de serem animais muito antigos, traziam estruturas sofisticadas, como, por exemplo, seus olhos.
Para quem quiser saber mais sobre os trilobitas na internet, recomendo a página intitulada “A guide to the orders of Trilobites” (http://www.trilobites.info/).
É uma pena que no Brasil não haja muito incentivo ao estudo, não só dos trilobitas, mas de invertebrados fósseis. Os dinossauros causam maior fascínio e por isso roubam a cena. Os microfósseis também roubam a cena pela importância econômica que eles têm. São importantíssimos na prospecção de petróleo, o que torna o seu estudo extremamente importante para nossa sociedade capitalista.
É interessante que nem sempre foi assim. Até a década de 80 era moda estudar invertebrados fósseis. Até essa época montou-se coleções fantásticas como a do DNPM e a do Museu Nacional. Mas a situação se inverteu. A sala da coleção do Museu Nacional recebeu modernizações e ganhou uma sobrevida. Contudo, a do DNPM (Departamento Nacional da Produção Mineral) está em estado deplorável e precisa urgentemente de melhorias.
Que possamos olhar para os vertebrados e microfósseis, mas não esqueçamos que existem os trilobitas, braquiópodos, moluscos, crinóides...

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Carnívoro terrestre mais antigo da América do Sul


Com cerca de 260 milhões de anos, o crânio do Pampaphoneus biccai (que significa matador dos Pampas) foi encontrado em um sítio em São Miguel, Rio Grande do Sul.
As pesquisas mostram que ele media cerca de três metros e pesava mais que um leão.
O curioso é que, mesmo com a sua aparência, ele não era um réptil, nem dinossauro, mas sim, um terápsido (deram origem aos mamíferos).
Os terápsidos habitavam a Rússia, Cazaquistão, China e África do Sul. A semelhança do Pampaphoneus biccai com os encontrados em outras partes do mundo indica a distribuição da fauna do supercontinente Pangea, afirma Juan Carlos Cisneros, um dos autores do estudo.
Fósseis de animais desse período são muito raros no mundo todo.