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sábado, 15 de setembro de 2012

Os mamutes estão de volta?


Restos de mamutes, como pele e medula óssea, foram encontrados intactos na região de Yakutia, na Sibéria, preservados no solo do Ártico.  Cientistas cogitam a ideia de clonagem, porém, isso só ocorrerá se uma célula viva for encontrada.
Para o sucesso da clonagem, será necessária apenas uma célula, pois que cientistas podem multiplicá-la.
Para Semyon Grigoryev, líder dessa expedição, será difícil a realização da clonagem, pois a célula viva teria que estar sendo sempre preservada entre temperaturas de -4°C e -20°C.



domingo, 3 de junho de 2012

Lagoa Santa, tesouro da paleontologia e da arqueologia


Imagem de Roberta Delecróde de Souza 

O carste de Lagoa Santa, Belo Horizonte, é uma região considerada o berço da paleontologia, arqueologia e espeleologia (ciência que estuda as cavidades naturais realizadas em relevo caracterizado pela dissolução química, ou seja, cárstico), apresentando fósseis do pleistoceno, sendo os mais importantes a megafauna, e vestígios de ocupação humana no Brasil datados em 12.000 anos.
A estratigrafia da Formação Sete Lagoas (local onde as feições cársticas estão desenvolvidas) e da Formação Serra de Santa Helena, foi definida em sete fácies deposicionais, sendo duas carbonáticas da Formação Sete Lagoas.




Como dito anteriormente, os fósseis de grande importância achados nesta região são os da megafauna Pleistocênica, entre eles a preguiça gigante, tigre-dente-de-sabre, gliptodonte, mastodonte, dentre outros.
A arqueologia também é de grande importância, pois essa área é considerada uma grande província rupestre, com ossos datados por carvões com idade entre 10.200 e 11.680 anos. 



sábado, 12 de maio de 2012

Cartão Postal Rio de Janeiro -Lembrança de Angola



Jhonatta de Oliveira Vicente e Thadeu dos Anjos Reis trazem novamente uma novidade nos cartões postais, com a "Lembrança de Angola-África".

Parte posterior do cartão


Este cartão postal ilustra a evidência do Supercontinente Gondwana, que começou a se formar no Pré-cambriano, que persistiu até o Jurássico e Cretáceo, quando começou a sofrer rifteamentos, que deu origem a África, América do Sul, Índia, Antártica, Austrália e as ilhas Seichelles.   
Nos estratos gondwânicos, há presença de fósseis, tanto de flora como de fauna, provenientes dos continentes africano, americano, indiano, australiano, comprovando a existência do continente Gondwana.


domingo, 22 de abril de 2012

Monte Roraima por outra perspectiva

Como dito em postagens anteriores, o Monte Roraima é a divisão entre Brasil, Venezuela e a Guiana.
Porém, Jhonatta de Oliveira Vicente e Thadeu dos Anjos Reis, membros do blog, apresentam o Monte Roraima por uma perspectiva diferente, através de cartões.


Como a Disney vê:
(frente do cartão)

(costas do cartão)


Como ele realmente é:





domingo, 15 de abril de 2012

O complexo recifal mais extenso do Atlântico Sul

Coral cérebro por Roberta Delecróde de Souza


O complexo de Abrolhos abrange a área de recifes de corais, ilhas vulcânicas, bancos rasos e canais, da costa leste do Brasil e todo o oceano Atlântico Sul.
Abrolhos é considerado um sítio Geobiológico por possuir associação de sedimentos siliciclásticos e carbonáticos, e por possuir uma comunidade de seres marinhos únicos.
O norte da costa, no qual o rio Jucuruçu limita o norte da área, possui sequências de falésias e ambientes pantanosos. Da foz desse rio até a ponta da Baleia (área central) a costa é uma praia arenosa, cortada pelo rio Itanhem. A ponta da Baleia é o resultado da confluência de correntes de deriva litorânea.

Na parte sul do banco, há sedimentos grossos, ricos em fragmentos de briozoários.
Nas zonas mais próximas da costa, são encontrados fragmentos de moluscos e foraminíferos, em áreas lamosas.
Na parte interna da plataforma encontra-se os sedimentos siliciclásticos.
Nas áreas que circundam os recifes, estão os sedimentos carbonáticos.



Há três tipos de sedimentos:
(I) areia quartzosas ao longo da costa
(II) material biogênico dominante
(III) sedimentos mistos na parte intermediária

O arquipélago de Abrolhos é formado por cinco ilhas:

Santa Bárbara, a maior delas, com cerca de um quilômetro de comprimento leste-oeste, trezentos metros de largura e trinta e cinco metros de altitude.

Redonda, a oeste da ilha de Santa Bárbara, com cerca de quatrocentos metros de diâmetro e trinta e seis metros de altitude.
 
Siriba possui trezentos metros de comprimento (leste-oeste), cem metros de largura e dezesseis metros de altitude; está ao sul da ilha Redonda.

Sueste, localiza-se ao sul do arquipélago, com quinhentos metros de comprimento, duzentos metros de largura e quinze metros de altitude.

Guarita, localizada a duzentos e cinquenta metros ao norte da ilha de Santa Bárbara, com cerca de cem metros de largura (nordeste-sudeste) e treze metros de altitude. É formada pelo acúmulo de rochas vulcânicas.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Maior dinossauro com penas



Foram encontrados na China, na província de Liaonig, três esqueletos de dinossauros com penas (um adulto e dois filhotes), que viveram no Cretáceo inferior (145 a 98 milhões de anos), pesavam mais de uma tonelada e possuíam três dedos nas extremidades anteriores. São parentes do Tiranossauro Rex, porém menores.
As crias pesavam cerca de meia tonelada, e o adulto cerca de 1.400 quilos, e possuía nove metros de comprimento; os cientistas chineses e canadenses o batizaram de “Yutyrannus huali”.
De acordo com  Xu Xing, líder do trabalho, as penas eram “simples filamentos e se pareciam mais com a de um pintinho moderno do que com as de uma ave adulta”.
A descoberta das penas nesses dinossauros é de grande importância para a teoria de que as penas eram usadas como isolante, e não para voar, como é o caso do Yutyrannus, pois no Cretáceo inferior as temperaturas baixaram, por isso a teoria de que as penas eram isolantes.
 

domingo, 1 de abril de 2012

Monte Roraima

Imagem por Vanessa Guida
A técnica utilizada foi pastel seco sobre papel kraft

O Monte Roraima é a fronteira entre o Brasil, Venezuela e Guiana. Possui uma característica fisiográfica de mesa ou tepuy, com suas escarpas verticais com mais de 500 metros de altura, formadas por rocha arenítica. O monte representa o sétimo ponto mais elevado do país, com uma altitude de 2.734,06 metros (IBGE 2005). O ponto mais alto do monte é a Pedra Maveric (05º12’13,57’’ N e 60º42’55,08’’ W), que é o marco da fronteira entre Brasil e Venezuela.
O Monte representa uma unidade sedimentar de topo do Supergrupo Roraima (Reis et al., 1998; Reis & Yánez, 1999, 2001), denominada de Formação Matauí por Reid (1972). O supergrupo possui idades máxima e mínima de 1,95 e 1,78 bilhões de anos (cf. Reis et al., 2000, 2003, 2005; Santos et al., 2003).
Nas proximidades da base, há uma soleira de diabásio, com cerca de 2.900 metros de espessura, denominada de “Monte Roraima”.
A Formação Matauí é constituída por sucessão de arenitos arcoseanos finos a muito finos, quartzo arenitos médios a grossos, arenitos conglomeráticos e conglomedaros. Os paleoambientes deposicionais estão divididos e 3 fáceis sedimentares principais: maré a marinho raso, eólico e fluvial anastomosado (da base para o topo).
A base: arenitos  finos a médios, esbranquiçados, com estratificação cruzada acanalada bidirecional com azimutes de paleocorrentes para os quadrantes SW e NE; geometria tabular a sigmoidal; espessura aproximada de 120 metros. Parte mediana: quartzo arenitos médios, rosados, bem selecionados e com estratificação cruzada acanalada; azimute de paleocorrente de 260°; são depósitos de dunas eólicas, com espessura entre 60 e 80 metros
Sobrepõem-se arenitos quartzosos finos a muito finos, com estratificação cruzada tangencial e plano-paralelo.
Topo: arenitos de granulação média a grossa, arenitos conglomeráticos e conglomerados; a espessura desse pacote é de cerda de 240 metros.
A Formação Matauí encerra o ciclo deposicional do Supergrupo Roraima, marcando a regressão marítima sobre o mar “Verde”.



terça-feira, 20 de março de 2012

Pão de açúcar

Imagem de Joana Martins de Vasconcelos
A técnica utilizada no desenho foi aquarela e colagem sobre papel canson

O morro do pão de açúcar, que é um dos principais sítios geológicos mundiais, localiza-se no bairro da Urca, na Zona Sul do Município do Rio de Janeiro. O gnaisse pão de açúcar possui caráter magmático e metamórfico, segundo Machado & Demange (1992).
 O fácies Pão de Açúcar apresenta intercalação de paragnaissses, do Complexo Paraíba do Sul; possui minerais metaluminosos, com hornblenda e biotita, sendo rico também em granadas.
Estudos isotópicos dataram a idade de cristalização do Pão de Açúcar em 560 Milhões de anos; este sítio tornou-se um marco da Orogênese Brasileira e da fusão com o continente Africano, dando origem ao Supercontinente Gondwana.
 No continente Africano, ocorreu incidente magmático semelhante há cerca de 550 Milhões de anos.

Geomorfologia

No morro do Pão de açúcar, que está inserido na província morfoestrutural Mantiqueira, predominam processos erosivos.
Ele está incluído no Maciço da Tijuca (de caráter costeiro), que são bloco que foram soerguidos durante o Cenozóico, paralelamente à escarpa das serras do Mar e da Mantiqueira. Esses maciços são os restos da borda meridional do gráben da Guanabara; esta fazia parte do planalto Atlântico, que foi erodida pelo recuo da escarpa da serra do Mar.
Os maciços costeiros geralmente são cobertos por depósitos tálus e colúvios, que vão em direção às baixadas. Possuem um gradiente elevado com topos arredondados ( exemplo Pão de açúcar) ou em cristas alinhadas.


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Afloramento Bainha

Imagem de Roberta Delecróde de Souza  

A técnica utilizada para a imagem acima foi mista, pintura e relevo, em E.V.A., colado sobre o papel e depois pintado.

Introdução
Este sítio paleontológico é de grande importância, pois apresenta preservada a famosa Flora Glossopteris, registrada em sequências do Gondwana Inferior (Permiano-Triássico) do sul do Brasil. Ele representa um dos melhores registros da flora gonwânica pós-glacial, relacionada a depósitos de carvão. A composição sugere uma idade Eopermiana para a megaflora deste afloramento.
Certas características, como a predominância entre as folhas de glossopteridófitas, do morfo-gênero Glossopteris e raras licófitas, oferecem evidências dos ambientes deposicionais e do processo de geração do carvão na parte ocidental do Gondwana.
Outra importância da Flora Glossopteris foi que, através desta e outras, ocorreu a comprovação do da existência pretérita do Continente de Gondwana e a validação da Teoria da Deriva Continental; os estudos associaram a Flora Glossopteris com outra muito similar nos continentes austrais, que atualmente são separados pelo oceano;

Localização
O Afloramento Bainha situa-se no município de Criciúma, estado de Santa Catarina, sul do Brasil.


Histórico
O afloramento Bainha, denominado por Dolianiti em 1946, foi descoberto pelo Dr. Aristides Nogueira da Cunha em 1945.

Descrição do sítio
O afloramento representa os extratos inclusos no intervalo estratigráfico da camada de carvão Irapuá (Camada Irapuá); esta camada situa-se a cerca de 25m abaixo da camada do carvão Barro Branco (utilizada como camada-guia). É na “Camada Irapuá” que os megafósseis vegetais são encontrados com facilidade.

Perfil do afloramento Bainha, da base para o topo:

Fácies A: arenito grosso, arcoziano, rico em muscovita, marrom escuro avermelhado intercalado por níveis marrons claros, com estratificação cruzada incipiente e de contato brusco com a fácies sobrejacente.

Fácies B: siltito argiloso, rosa alaranjado a acinzentado, rico em megafósseis vegetais, com estratificação plano-paralela incipiente e de contato brusco com a fácies C (litologia típica da “Camada Irapuá”).

Fácies C: arenito fino a médio, micáceo, amarelo claro, contendo megafósseis vegetais constituídos principalmente por sementes, com estratificação plano-paralela e de contato brusco com a fácies D ( fácies transicional da “Camada Irapuá”).

Fácies D: leito de carvão de pequena espessura e de contato transicional com a fácies E
( fácies transicional da “Camada Irapuá”).

Fácies E: arenito fino, amarelo claro, com estratificação cruzada notável e de contato transicional com a fácies sobrejacente( fácies transicional da “Camada Irapuá”).

Fácies F: arenito grosso, feldspático, amarelo e com estratificação cruzada acanalada. (arenito Barro Branco Inferior).



quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Considerações sobre os Trilobitas

Por Cleber Fernandes Silva  


Os trilobitas foram artrópodos que viveram durante todo o período paleozóico. O período de maior abundancia foi o Cambriano, embora não haja registros no Brasil desse período, já que nosso país se encontrava no pólo, ou seja, boa parte do nosso território encontrava-se sob geleiras. Simulações do posicionamento dos continentes podem ser vistas em www.scotese.com.
O nome trilobita não vem da divisão cabeça tórax e pigídio, como muitos pensam, e sim do fato de haver dois lobos pleurais (direito e esquerdo) e um central, chamado de lobo axial.
Seu esqueleto, de natureza quitino fosfática, produziu um ótimo testemunho de sua passagem em nosso planeta, além de ajudar a desvendar como eram os ambientes pretéritos. Através de seu esqueleto podemos inferir hábitos de vida para o animal, inclusive sua provável alimentação (filtradora, predadora/necrófaga) e a energia do ambiente em que viviam. Apesar de serem animais muito antigos, traziam estruturas sofisticadas, como, por exemplo, seus olhos.
Para quem quiser saber mais sobre os trilobitas na internet, recomendo a página intitulada “A guide to the orders of Trilobites” (http://www.trilobites.info/).
É uma pena que no Brasil não haja muito incentivo ao estudo, não só dos trilobitas, mas de invertebrados fósseis. Os dinossauros causam maior fascínio e por isso roubam a cena. Os microfósseis também roubam a cena pela importância econômica que eles têm. São importantíssimos na prospecção de petróleo, o que torna o seu estudo extremamente importante para nossa sociedade capitalista.
É interessante que nem sempre foi assim. Até a década de 80 era moda estudar invertebrados fósseis. Até essa época montou-se coleções fantásticas como a do DNPM e a do Museu Nacional. Mas a situação se inverteu. A sala da coleção do Museu Nacional recebeu modernizações e ganhou uma sobrevida. Contudo, a do DNPM (Departamento Nacional da Produção Mineral) está em estado deplorável e precisa urgentemente de melhorias.
Que possamos olhar para os vertebrados e microfósseis, mas não esqueçamos que existem os trilobitas, braquiópodos, moluscos, crinóides...

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Carnívoro terrestre mais antigo da América do Sul


Com cerca de 260 milhões de anos, o crânio do Pampaphoneus biccai (que significa matador dos Pampas) foi encontrado em um sítio em São Miguel, Rio Grande do Sul.
As pesquisas mostram que ele media cerca de três metros e pesava mais que um leão.
O curioso é que, mesmo com a sua aparência, ele não era um réptil, nem dinossauro, mas sim, um terápsido (deram origem aos mamíferos).
Os terápsidos habitavam a Rússia, Cazaquistão, China e África do Sul. A semelhança do Pampaphoneus biccai com os encontrados em outras partes do mundo indica a distribuição da fauna do supercontinente Pangea, afirma Juan Carlos Cisneros, um dos autores do estudo.
Fósseis de animais desse período são muito raros no mundo todo.