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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Afloramento Bainha

Imagem de Roberta Delecróde de Souza  

A técnica utilizada para a imagem acima foi mista, pintura e relevo, em E.V.A., colado sobre o papel e depois pintado.

Introdução
Este sítio paleontológico é de grande importância, pois apresenta preservada a famosa Flora Glossopteris, registrada em sequências do Gondwana Inferior (Permiano-Triássico) do sul do Brasil. Ele representa um dos melhores registros da flora gonwânica pós-glacial, relacionada a depósitos de carvão. A composição sugere uma idade Eopermiana para a megaflora deste afloramento.
Certas características, como a predominância entre as folhas de glossopteridófitas, do morfo-gênero Glossopteris e raras licófitas, oferecem evidências dos ambientes deposicionais e do processo de geração do carvão na parte ocidental do Gondwana.
Outra importância da Flora Glossopteris foi que, através desta e outras, ocorreu a comprovação do da existência pretérita do Continente de Gondwana e a validação da Teoria da Deriva Continental; os estudos associaram a Flora Glossopteris com outra muito similar nos continentes austrais, que atualmente são separados pelo oceano;

Localização
O Afloramento Bainha situa-se no município de Criciúma, estado de Santa Catarina, sul do Brasil.


Histórico
O afloramento Bainha, denominado por Dolianiti em 1946, foi descoberto pelo Dr. Aristides Nogueira da Cunha em 1945.

Descrição do sítio
O afloramento representa os extratos inclusos no intervalo estratigráfico da camada de carvão Irapuá (Camada Irapuá); esta camada situa-se a cerca de 25m abaixo da camada do carvão Barro Branco (utilizada como camada-guia). É na “Camada Irapuá” que os megafósseis vegetais são encontrados com facilidade.

Perfil do afloramento Bainha, da base para o topo:

Fácies A: arenito grosso, arcoziano, rico em muscovita, marrom escuro avermelhado intercalado por níveis marrons claros, com estratificação cruzada incipiente e de contato brusco com a fácies sobrejacente.

Fácies B: siltito argiloso, rosa alaranjado a acinzentado, rico em megafósseis vegetais, com estratificação plano-paralela incipiente e de contato brusco com a fácies C (litologia típica da “Camada Irapuá”).

Fácies C: arenito fino a médio, micáceo, amarelo claro, contendo megafósseis vegetais constituídos principalmente por sementes, com estratificação plano-paralela e de contato brusco com a fácies D ( fácies transicional da “Camada Irapuá”).

Fácies D: leito de carvão de pequena espessura e de contato transicional com a fácies E
( fácies transicional da “Camada Irapuá”).

Fácies E: arenito fino, amarelo claro, com estratificação cruzada notável e de contato transicional com a fácies sobrejacente( fácies transicional da “Camada Irapuá”).

Fácies F: arenito grosso, feldspático, amarelo e com estratificação cruzada acanalada. (arenito Barro Branco Inferior).



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