A professora Maria McNamara, da Universidade Yale (EUA), publicou seu estudo na Proceegings of the Royal Society, que fala sobre a mudança nas cores de insetos, quando estes são fossilizados. Por exemplo, se em vida o inseto era azul, após a morte se transforma em verde.
Maria McNamara explica à BBC: “Essas cores têm diversas funções visuais. Elas podem funcionar para comunicações, por exemplo, ou para regulação térmica. Assim, é importante conseguir reconstruí-las corretamente, para que possamos saber para que esses organismos usavam as cores.”
A interação da luz com camadas de materiais que compõem o esqueleto do besouro resulta nas cores deslumbrantes que eles possuem.
A equipe de pesquisadores de McNamara coletou vários esqueletos fósseis de besouros, datados de 15 a 47 milhões de anos, e descobriram que as cores preservadas mudavam o comprimento de onda, mudando, assim, sua cor original. Todos os besouros estudados pela equipe vieram de sedimentos similares. Se outros besouros, que vierem de outro sedimento, forem estudados, provavelmente o resultado será diferente.
McNamara afirma: “O que acontece é que o índice refratário (de luz) do esqueleto muda. Isso é uma medida de o quanto a luz se curva. E significa que a química deve ter sido alterada, por que o índice refratário em um material depende da composição desse animal.”
A realização deste estudo irá possibilitar a descoberta da aparência dos animais de milhares de anos atrás.
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